segunda-feira, 7 de novembro de 2011

vin de Bourgogne


 Vin de Bourgogne(vinho de Borgonha)
O clima da Borgonha é do tipo continental, com invernos bastante rigorosos e primaveras sujeitas a muitas geadas. Devido a situação favorável de seus vinhedos – localizados em encostas com declives suaves e boa exposição ao sol, orientados nos sentidos sul, sudeste e leste –, as uvas ficam protegidas das geadas e dos ventos, o que torna possível o sucesso do cultivo da vinha. Os outonos secos e os verões quentes vão também contribuir para a maturação das uvas.
            A produção de vinho na Borgonha começou quando os romanos invadiram a região a partir do terceiro século (ac JC). No Século VI, o rei Gontran doou todas suas vinícolas para a Igreja. Os religiosos continuaram as tradições essenciais para elaborar vinho e contribuíram em grande parte na melhora das vinhas e das técnicas de vinificação. Uma das conseqüências da revolução francesa foi o confisco das vinícolas da Igreja para a República; as mesmas foram fragmentadas e divididas e, desde então até hoje, a delimitação das vinícolas em parcelas pequenas continua dominando.
              Borgonha em Números
              Extensão dos vinhedos
24.000 hectares
              Produção
1.200 000 hl./ano
              Cor dos vinhos
52% brancos/ 48% tintos

1.                  CHABLIS - (4.000 ha.)
Principal uva: Chardonnay
            É a região mais setentrional da Borgonha, 160 km ao norte de Beaune, bem próxima de Paris e da Champagne. O clima da zona é tremendamente rude e frio, no entanto, é capaz de produzir brancos formidáveis. O segredo é sua geologia: o afloramento da camada superior de uma grande área submersa de calcáreo, fruto de um acúmulo de conchas de ostras que remontam à pré-história. Como se vê, a combinação clássica Chablis-ostras tem uma origem mais longínqua e insuspeitada do que se poderia imaginar.
            O Chablis é um vinho duro, mas não áspero, que nos faz recordar minerais e pedras ao mesmo tempo em que se associa ao feno verde.
            O Chablis divide-se em quatro grupos. Os Grands Crus, mais ricos em sabor, originários de uma região ao sul e a oeste, que rodeia o rio e o pequeno povoado de Chablis. São vinhos que alcançam notável complexidade com a idade. O Les Clos e o Vaudésir são os melhores. Os Premiers Crus vêm logo a seguir, sendo menos intensos em aroma e sabor do que os primeiros e com teor alcoólico mais baixo. Ainda assim, são muito bons. Seguem-se o Chablis comum e o Petit Chablis, este de poucos atrativos.
2.                  CÔTES D'OR(1.500 ha.)
Principais uvas: Pinot Noir,Chardonnay
Faixa estreita de encostas situada no centro da Borgonha, se estende de Dijon a Santenay. Produz tintos e brancos notáveis. Divide-se em duas partes: Côte de Nuits (ao norte, 1.500 ha.) e Côte de Beaune (ao sul, 3.000 ha.), e é o mais rico e afamado dentre os vinhedos da região.
            Na Côte de Nuits vamos encontrar os tintos mais ricos, longevos e de maior prestígio. É a região de Chambertin, Gevrey-Chambertin, Morey-Saint-Denis, Chambolle-Mussigny, Vougeot, Vosne-Romanée (onde se produz o legendário Romanée-Conti) e Nuits-St-Georges.
            A Côte de Beaune (3.000 ha.) produz alguns dos melhores brancos do planeta, todos à base de Chardonnay, sendo seus principais vinhedos Aloxe- Corton (berço do Corton-Charlemagne), Pommard (produtor de tintos), Volnay, Mersault, Puligny-Montrachet (onde vamos encontrar o melhor, mais famoso e caro dos brancos, o Montrachet) e Chassagne-Montrachet.
3 . CÔTE CHALONNAISE(1.500 ha.)
Principais uvas:
Pinot Noir
Chardonnay
            Mais ao sul e menos importante que a anterior, estão ali Rully, Mercurey, Givry e Montagny, pequenos vilarejos produtores de vinhos brancos e tintos com melhores preços.
4 . LE MÂCONNAIS (5.000 ha.)
Principais uvas: Pinot Noir, Chardonnay.
            Junto ao rio Saône encontramos a cidade de Mâcon, 55 km ao sul de Chalon. Produz o Mâcon, tinto e branco, vinhos com menos atrativos que os anteriores. Já o Pouilly-Fuissé (sempre branco) é um vinho delicado e muito interessante. Outros Crus: Pouilly-Vinzelles, Pouilly- Loché e Saint-Veran
5. LE BEAUJOLAIS - (22.000 ha.)
Principal uva: Gamay
            É o vinhedo que fica mais ao sul, próximo a Côtedu- Rhône, ao norte de Lyon Em termos administrativos, o Beaujolais é parte da grande Borgonha, mas se formos analisar seu clima, topografia, tipos de solo e variedades de uvas plantadas, as diferenças são muitas. Sua produção é bem maior do que todos os vinhedos situados ao norte somados (mais de 1 milhão de hectolitros), basicamente originária da uva Gamay. O Beaujolais é um vinho leve, frutado, agradável, mas de pouca complexidade. Um vinho para ser bebido, não para ser degustado, como observa muito bem Lichine. Pode ganhar as seguintes denominações: Beaujolais, denominação básica e mais comum; Beaujolais Supérieur, quando o teor alcoólico atinge os 10,5; Beaujolais-Villages, produzido nas colunas ao norte, originário de uma cidade (ou comuna) apenas; Crus de Beaujolais, os de qualidade superior, com dez denominações possíveis; e o emergente Beaujolais Nouveau, fruto de fermentação carbônica e de vida curtíssima.

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